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  • Foto do escritorStella Apostolopoulos

Lesões musculares: quem nunca sofreu de uma distensão ou estiramento muscular?

Atualizado: 4 de jun. de 2023


No blog anterior, expliquei um pouco sobre a anatomia e funcionamento da fibra muscular, sobre como funcionam as contrações e um resumo rápido sobre as lesões musculares, que serve de conceito para entendimento de todas as lesões (link acesso: lesões musculares 1).

Hoje, descreverei sobre a mais comum das lesões: A distensão ou estiramento muscular.

O QUE É DISTENSÃO MUSCULAR:

As distensões musculares são as lesões mais comuns no prática esportiva.


Lesão muscular desenho

São as lesões ou rupturas parcias ou totais da fibra muscular mediante um alongamento extremo do músculo acometido.

Elas ocorrem tanto em atletas profissionais como também são comum em pessoas que estão realizando somente uma atividade de lazer esporádica (famosos atletas de final de semana).

Ocorrem devido alongamento brusco das fibras musculares além dos limites fisiológicos durante as contrações musculares excêntricas

São lesões muito recidivantes, que causam dor , afastamento dos treinamentos, limitação funcional e redução do rendimento

Os músculos mais frequentemente atingido são:

  • Isquiotibiais (posteriores da coxa)

  • Quadríceps femoral

  • Adutores

  • Músculos da panturrilha, o tríceps sural (predomínio de fibras musculares tipo II - fibras de contração rápida)

PODEM SER CLASSIFICADAS EM:




FATORES DE RISCO NAS LESÕES MUSCULARES:

  • Deficiências de flexibilidade: principalmente do músculo quadríceps e posteriores (isquitibiais)

  • Desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas: agonistas X antagonistas (isquiotibiais/quadriceps inferiores a 60%)

  • Lesões musculares pregressas: pois há perda de força, substituição da fibra muscular por tecido fibroso com pouca contratibilidade e pode ocorrer incoordenação muscular por desnervação após a lesão

  • Distúrbios nutricionais

  • Distúrbios hormonais

  • Alterações anatômicas e biomecânicas

  • Infecções

  • Erros de treinamento:

- aquecimento inadequado

- incoordenação de movimentos

- técnica incorreta

- sobrecarga e fadiga muscular

DIAGNÓSTICO CLÍNICO:

  • Dor muscular súbita e localizada, durante realização de atividade física como corrida, salto ou esforço intenso (síndrome da pedrada, quando musculatura da panturrilha)

  • Pode ser associada a estalo audível

  • De acordo com a gravidade, esses sintomas abaixam podem varias (veja classificação):

- "falha" ou defeito da região muscular acometida

- aumento de volume do músculo (edema)

- ecmoze e hematomas locais

- impotência funcional (não consegue mover membro)

EXAMES DIAGNÓSTICOS:

Exames de Ultrassom e Ressonância magnética server para avaliar melhor o estiramento, podendo classificar o grau da lesão e avaliação de hematomas musculares e processo de cicatrização.

TRATAMENTO:

Objetivos:

  • Controle da dor e do inchaço

  • Auxiliar a regeneração e a reparação tecidual

  • Recuperar a flexibilidade e força muscular

  • Preparar o indivíduo para o retorno ao esporte nas condições ideais

Fase aguda:

  • Medicamentos usados para diminuir dor e inflamação: analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares

  • Protocolo PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido).

  • Uso de órteses (tipoias, muletas, estabilizadores articulares) somente casos mais graves (grau 2 e 3

  • Mobilização do membro acometido dentro do parâmetro de segurança (dor)

  • GELO: nos 2 primeiros dias - diminuir o processo inflamatório, diminuir a dor e controlar o edema e o eventual sangramento. Após esse período, pode-se usar compressas quentes para alívio da dor.

  • O gelo deve ser usado em bolsas no local da lesão durante 20 a 30 minutos,com frequência de 3/3 horas

Fase crônica:

Fisioterapia:

  • Métodos de estimulação da regeneração das fibras musculares lesadas: TENS, ultrassom, laser

  • Exercícios de alongamento: dois a sete dias após a lesão e devem ser realizados de forma suave, de acordo com a resistência da dor.

  • Fortalecimento muscular deve ser iniciado com leve resistência, tão logo o paciente apresente melhora da dor.

  • Os exercícios devem ser iniciados com baixa intensidade, aumentando-se progressivamente conforme a tolerância do indivíduo. Os exercícios concêntricos isométricos são utilizados inicialmente, progredindo para os isotônicos e finalmente os excêntricos.

Tratamento cirúrgico:

  • Raramente indicado

  • Somente em algumas lesões completas por avulsão

  • Lesões de grande impotência funcional, com grande distância entre os dois bordos

  • Mesmo nessas situações, muitos autores consideram que o tratamento não cirúrgico ofereça melhor resultados

QUANDO RETORNAR À PRATICA DE ATIVIDADE FÍSICA?

  • Flexibilidade semelhante ao membro normal, não lesado (contralateral)

  • Amplitude de movimento normal (esticar e fletir membro igual ao normal)

  • Ausência de dor e critérios de

  • Força muscular semelhantes ao membro não lesado (acima de 80%).

  • Exame Cybex (teste isocinético) - exame usado para avaliação da força após o fim do tratamento

  • Infelizmente, são lesões muito recorrentes, uma vez que provoca uma alteração biomecânica , pois o tecido de reparação da lesao formado (tecido fibroso) poissui pouca característica contrátel em relação ao tecido muscular, levando a rigidez e limitação de movimento

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DINIZ, L. S. & BARROS, M. L. G.: Características da contração muscular excêntrica e sua relação com as lesões musculares por estiramento: uma revisão da literatura - Universidade Federal de Minas Gerais - Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

CLEBIS, N. C. & Natali, M. R. M. : Lesões musculares provocadas por exercícios excêntricos - Artigo de revisão. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v. 9 n. 4 p. 4 7 - 5 3 outubro 2001.

COHEN, m.; RENE JORGE ABDALLA, r. j.; et al: Lesões ortopédicas no futebol. Rev Bras Ortop _ Vol. 32, Nº 12 – Dezembro, 1997.

Laurino, C. F. S.: • Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas• Lesões musculares• Tendinopatias - Atualização em Ortopedia e Traumatologia do Esporte.

Fontes de imagens:

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